Após a manifestação de ontem (09/12), em frente ao gabinete da prefeita Luizianne Lins (PT), e a reunião com o Ouvidor Geral do Município, Francisco das Chagas Nascimento Araújo, os residentes multiprofissionais de Saúde da Família e Comunidade, decidiram, em assembleia, manter a paralisação de suas atividades.
Apesar de a categoria enxergar avanços na negociação e de ter recebido a indicação do pagamento dos vencimentos atrasados para amanhã (11/12), outros pontos da pauta de reivindicações vão ser debatidos em reunião com os órgãos de saúde do município, marcada para o próximo dia 21. Essa data pode sofrer alteração, no que depender da categoria que acredita não poder retomar as atividades antes de discutir com os gestores municipais sobre o atendimento dos outros pontos da pauta, tais como, a oficialização do vínculo dos residentes junto à prefeitura, o esclarecimento das razões e dos aspectos legais da tributação da bolsa dos residentes, o recebimento de comprovante de pagamento das tributações já descontadas, entre outras.
O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade iniciou-se no dia 1º de junho deste ano e tem por objetivo fortalecer o Sistema Único de Saúde - SUS, por meio da capacitação de psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos veterinários, enfermeiros, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores físicos e farmacêuticos para atuarem na atenção básica à saúde do município.
Mas desde o início do programa o que a categoria encontrou foi um cenário de bolsas com valor inferior ao previsto em lei, atrasos salariais constantes, falta de equipamentos e materiais para atuação profissional, além de deficiência na estrutura formativa desses profissionais (salas de aula, salas de reunião, bibliotecas, etc).